Regular as emoções é crucial para garantir uma vida de sucesso psicológico, físico, profissional, e social. O nosso estado emocional é provavelmente o maior determinante do nosso comportamento.
Agimos consoante o que sentimos. Se sentimos medo, não saltamos de avião, se sentimos uma confiança inabalável subimos ao palco e damos a melhor apresentação a que aquele público alguma vez assistiu.
Como podemos controlar o que sentimos?
O nosso estado emocional é o resultado de 3 padrões e a PNL (Programação Neurolinguística) oferece-nos 3 maneiras de regular as emoções:
– Foco
O nosso cérebro é um músculo que se desenvolve consoante o tipo de exercícios a que o submetemos. A nossa mente procura aquilo em que nos focamos e que lhe indicamos ser importante para nós.
O velho fenómeno de decidirmos que queremos comprar determinado carro e a partir desse momento TODOS OS DIAS vemos esse carro, o que até nos tira a vontade de o comprar porque toda a gente o tem, é um ótimo exemplo disto mesmo.
Então, cada vez que reclamamos de algum aspeto da nossa vida e nos focamos no que está mal, no que não queremos e no que nos falta, estamos a treinar o nosso cérebro para se focar no que nos falta e no que não queremos.
Assim, o tema clichê de nos focarmos no que é positivo na nossa vida e naquilo que estamos gratos por ter, saber e poder experienciar para obter mais dessas emoções positivas, torna-se um assunto digno de séria consideração.
– Fisiologia
A forma mais rápida de alterar o nosso estado emocional é alterando a nossa fisiologia.
Os padrões fisiológicos que adotamos correspondem a um estado emocional específico uma vez que as diferentes posturas são responsáveis por criar uma determinada bioquímica no nosso corpo que em consequência gera uma emoção.
Quando imaginamos uma pessoa confiante como está a sua fisiologia?
Postura ereta, peito aberto, ombros para trás, respiração profunda e cabeça levantada. Isto é um padrão de confiança.
Funciona como uma coreografia que nos garante que no final da dança nos vamos sentir confiantes. De acordo com vários estudos, esta postura aberta, respirações profundas e cabeça levantada aumenta os nossos níveis de serotonina (conhecida como “a molécula da felicidade”) no organismo.
Por outro lado, se pensarmos num padrão depressivo e de tristeza pensamos em alguém com:
Ombros encolhidos, peito fechado, cabeça baixa e respirações curtas e superficiais.
Este ‘código’ fisiológico mantém os níveis de serotonina bastante reduzidos no nosso corpo o que por sua vez irá despoletar um estado de tristeza e baixa energia.
Assim, escolher a nossa fisiologia é escolher o nosso estado emocional.
– Linguagem
“Uma mentira contada cem vezes, um dia torna-se verdade” – Adolf Hitler
A nossa linguagem é um método extrínseco de comunicar a nossa experiência interna. A linguagem que empregamos carateriza e afeta a forma como nos sentimos.
Se todos os dias acordássemos e alguém nos dissesse: “Vais ter um dia horrível” ou se todos os dias antes de nos deitarmos alguém nos dissesse “Não vales nada e ninguém te ama”. Como nos iriamos sentir e em que é que iriamos acreditar ao fim de algum tempo a ouvir estas coisas repetidamente?
É exatamente isto que fazemos a nós próprios. Aquilo que dizemos a nós mesmos todos os dias tem consequências no nosso estado emocional.
Se pararmos de usar palavras negativas em relação a nós mesmos, e em vez de dizer “sou um falhado”, começarmos a afirmar “Sou Forte, Confiante e Competente” estaremos a programar o nosso cérebro para acreditar nisto e assim comportar-se como tal.
Conclusioni
As três componentes que nos permitem regular as emoções interligam-se e influenciam-se umas às outras:
Uma fisiologia confiante dirige o nosso foco para as soluções (em vez de problemas) e a linguagem que utilizamos torna-se encorajadora em vez de limitadora.
Tomar consciência dos padrões que incorporamos através da linguagem, foco e fisiologia é uma condição necessária para tomar controlo sobre a nossa vida emocional e consequentemente determinar a nossa vida comportamental.
